Dia 1


Após sair de Fortaleza alguns vários minutos depois do horário, finalmente chego a Lisboa, Portugal.
Chego, exatamente 10 minutos antes de minha conexão partir, ao portão de embarque onde um funcionário da TAP pede para que eu vá ao balcão de transferências, uma vez que o vôo estava lotado.
Na fila longa e lenta, encontro o Samuel Rosa, do Skank1.
Uma hora de fila depois, me colocam num vôo direto para Londres, em embarque imediato. Tão imediato quanto a finalização das obras do metrô de Fortaleza. Se não, menos.
Mais vinte minutos de fila.
Mais vinte minutos, após receber o recém-picotado canhoto de minha passagem, aguardando a chegada do ônibus que me levaria ao avião.
Mais dez minutos dentro do tal ônibus, esperando a sua partida.
Mais dez minutos passeando de ônibus pelo aeroporto. Cheguei a pensar que era assim que chegaria a Londres.
Mais trinta minutos aguardando o início do desafio à gravidade do avião.
Por fim, eu deveria partir de Lisboa as 8h da manhã, mas isso só aconteceu por volta das 10h30.
Chego, as 13h, em Londres. Sabe aquele canal da telinha do avião em que eles mostram o itinerário percorrido? Acho que o piloto tava tentando escrever o nome do seu filho com aquela linha vermelha antes de aterrissar.
Saio do avião e vou para a imigração. Mais uma hora de fila.
Lá, haviam duas filas: uma para residentes europeus e outra para o resto do mundo. "inclusive cidadãos dos Estados Unidos" dizia a placa. Eu ri.
Passo na alfândega sem problemas e vou pegar minha bagagem.
Quem disse que ela tava na esteira?
Fico das 14h30 as 15h30 preenchendo papéis. As pessoas da Alitália, parceiros da TAP, avisam que as malas possivelmente ainda estavam em Lisboa e que provavelmente viriam no próximo vôo, as 17h25.
Com muita fé, resolvo esperar, apesar de ser uma pessoa precavida e andar com escova de dentes e cia, camisa, cuecas e meias extras na mala de mão.
17h25
17h35
17h45
17h55. Fui informar-me por que as malas do vôo de Lisboa não apareciam nas esteiras e o que me dizem é que o vôo atrasou, E que só chegaria as 19h30.
Não. Não mesmo.
Peguei um metrô e fui em busca do meu albergue.
desci algumas estações antes, para andar e já começar a conhecer a cidade.
A-do-rei o que vi.
Vi pessoas cantando em coro enquanto atravessavam as ruas. Vi Hare Krishnas, a caráter, cantando e batendo mini-pratos de dedos. (como se chamam esses mini-pratos?)
Vi cores. Ouvi sons. Senti cheiros. Alguns não muito bons.
Então chego ao meu hostel, o Auston Museum Hostel, que tem esse nome por ser vizinho ao Museu Britânico. O MET, de NYC, perde. Ainda não posso comparar com o Louvre.
Na porta do Hostel, vejo cerca de 12 jovens, na maioria homens, bebendo.
Faço o check in e subo para o quarto, o qual divido com outros 11 homens2.
Imaginava que o meu quarto fosse bagunçado. Comparei, depois, com o quarto em que morava nos EUA onde a bagunça era ainda maior. Daí concluí: O quarto de um homem é uma bagunça, de três homens (nos EUA) é uma superbagunça, mas o de onze homens é um segredo.(piadinha infame, eu sei.)
Voltei na recepção para perguntar se realmente existe, ali, uma cama disponível para mime Cintia, a recepcionista, chama alguns dos garotos que bebiam lá fora para "disponibilizar" uma das camas.
ao entrar no quarto, eles educadamente se apresentam, indicam qual a minha cama e perguntam se eu também estava na cidade para a competição de cerveja.
O_O
Ao ouvir a minha negativa, eles descem e avisam que estarão na entrada, "treinando".
Sem mala, pego minha mochila com tudo dentro, e saio, observando a bela vista da janela3.
Fui comer com meus colegas de viagem. Pensamos em comer algo tipicamente londrino: Fish and Chips, mas a insistência de um dos colegas nos fez parar num McDonalds. O BigMac tem o mesmo gosto do de Fortaleza, caso você já tenha se perguntado isso na vida.
Volto ao albergue sozinho, já por volta das 22h, por ruas escuras. Alguns vovôs passeavam com seus cães.

1 comentários:

Mariana Alcântara disse...

Tu devia ter descido do avião e bancado o flanelinha.
O Samuel Rosa tá mesmo com cara de quem ficou horas em uma fila, a sobrancelha dele é mesmo grudada?
Por incrível que pareça eu acho que aqueles mini-pratos de dedos se chamam pratos de dedos.
11 homens e menos 10 fígados!!!
Só porque eu ía te perguntar o gosto de fish and chips.